Wednesday, December 26, 2007

O discurso de Natal do Primeiro-Ministro

O discurso de Natal do Primeiro-Ministro, foi um discurso de esperança para a população portuguesa, pois ficou a saber-se que o défice está controlado (inferior a 3%) e que em 2008 a economia portuguesa vai crescer 2%.
O que quererá significar que a contribuição dos portugueses para o controle da crise económica, vai, pelo menos, reduzir-se significativamente, o que só por si, quererá também dizer que a bolsa dos portugueses vai poder respirar, finalmente, de alívio.
Que outro significado senão este se poderia tirar?
Ou será que o défice só é controlado e a economia cresce à custa de viver mal os portugueses?
Não faz sentido!
Chegou a hora, pois, do governo prestar contas com os portugueses, fazendo-lhes ver que valeu a pena o sacrifício, iniciando-lhes uma nova vida mais desafogada e de bem-estar.
No entanto, pode, de facto, não ser assim, por paradoxo que pareça.
Portugal, não está mais rico do que estava há dois anos; as receitas não cresceram para compensar os esforços dos portugueses, a as despesas, essas sim baixaram, mas muito à custa de um empobrecimento muito nítido da qualidade de vida dos portugueses.
Portanto, tanto quanto me parece, este discurso do Primeiro-Ministro não foi um discurso realista, porque criou expectativas à população portuguesa que não vai poder cumprir.
Ou será que a dois anos das eleições legislativas vai deitar por terra tudo aquilo que andou a dizer e a pedir aos portugueses durante os dois primeiros anos do seu governo, e vai alargar os cordões à bolsa em sincronia com o sentido do seu discurso de Natal?
Em minha modesta opinião, o Primeiro-Ministro, meteu-se num beco sem saída, porque, quer a continuidade do controle do défice, quer a concretização das promessas implícitas que fez, correspondem a cenários virtuais, por falta de bases sólidas que permitam uma efectiva realização tanto de um como de outro aspecto.
É pena e lamentável, porque somos nós os portugueses que pagamos sempre as favas de toda esta política mirabolante!

Wednesday, November 14, 2007

O MUNDO ESTÁ DOENTE

Ainda há pouco saímos de um dia de lembrança e saudade pelos nossos queridos familiares e amigos que já partiram.
De um dia que nos fez sentir desareigados de vaidade, arrogância, e inveja, tão pequeninos nos sentimos e tão frágeis.
Esse dia já lá vai, e só daqui a um ano é que voltaremos a sentirmo-nos com essa sensação estranha, mas triste, e assim será continuadamente uma vez por ano.
Agora, vamos entrar noutro dia. Num dia de reunião da família, num dia de calor humano e de esperança. O Natal.
Vamos brindar á vida, vamo-nos preparar mentalmente, para vencermos mais um ano com coisas alegres mas também com coisas tristes. Talvez mais tristes do que alegres. O Mundo está a ficar cada vez mais triste, com guerras, com mais pobreza, e com mais egoísmo.
O Mundo parece ter entrado numa espiral sem regresso, tal é a insensibilidade que sente pelos grandes problemas que afligem a Humanidade.
Hoje, os grandes problemas existem, porque as grandes potências do Mundo, as grandes organizações do Mundo, estão de costas voltadas para eles, estão mais interessados naquilo que lhes é imediato, naquilo que lhes pode dar ganho e fama.
Não sei onde isto vai parar, com tanta insensibilidade com tanta inclemência, com tanta brutalidade.
Os sinais, fruto de tanta estupidez, são imensos, mas nada se tem alterado, ou melhor, o que se tem alterado é infinitamente pequeno face aos males que surgem e vão atormentando a Terra e a Humanidade.
Será que o Homem ainda tem tantos e tantos Natais, assim, para comemorar e viver, ou será que, um dia, mais ou menos inesperado, e prematuramente, um manto de morte vai descer sobre a Terra.
Eu sei que esta linguagem não é simpática, mas há que falar verdade, há que, em todo o tempo, falar do colapso da Terra, que deixou de ser uma hipótese, para passar a ser uma probalidade.

Monday, November 5, 2007

A piscina que nunca existiu, mas que custa a desaparecer

Quando me levanto, todos os dias de manhã, da minha varanda, contemplo o espectáculo de pombas e de gaivotas pousadas nos materiais não realizados naquilo que se propunha ser uma piscina.
São largas centenas, talvez atraídas pela água que sempre empoça quando chove, que marcam comparência diariamente por não perceberem quando chove e quando não chove.
Para as pombas e as gaivotas existe, com certeza, uma piscina.
Mas para o comum dos mortais, a piscina, não existe e nunca existirá, restando, pois, que lhes varram a estupefacção e aborrecimento, sobre o que nunca tomou forma definitiva para ser.
É certo, que a amálgama de cimento que lá existe foi já à prova de eleições, e passou, mas quem sabe se a nota dessa prova não poderia ser bem melhor do que foi se tal amálgama nunca tivesse existido.
Sabe-se que há uma vontade muito grande de a remover, de transformar aquele espaço num local aprazível, mas o tempo passa e passa e nada de novo nos trás, a não ser a continuidade das pombas e das gaivotas.
Aquilo tal como está, é um postal ilustrado da Maia de muita má qualidade, é um postal para quem nos visita completamente contrário ao que de bom tem a Maia e se atesta fora dela.
Estar alguém hora e meia a ver um jogo de futebol no Estado Municipal Dr. José Vieira de Carvalho, com o Admastor da pisicina pela frente, reterá uma imagem tão desagradavelmente impressionante que tão cedo não lhe desgravará da memória.
Sabe-se que há problemas óbvios nos meios para a resolução, mas também é livre de pensar-se que atendendo à persistência da malignidade visual e urbanística que o caso constitui, o mesmo, pelo menos, mereceria uma terapia de choque com vista a erradicar de vez a imagem do "monstro" dos olhos de quem o vê.
Por mim dispenso a imagem enfadonha diária das pombas e das gaivotas e a visita repugnante que por vezes me fazem os mosquitos que evoluem das poças de água inquinada para o meu prédio bem situado em frente.
Eu sou, entretanto, um entre muitos que pensam e sentem desta forma.

Thursday, August 30, 2007

A CAUSA DA CRIANÇA

foi inaugurado o edifício onde funcionará "A Causa da Criança".
Segundo a notícia que li sobre esta inauguração, ainda que não a todo gás, o estabelecimento vai começar de imediato desenvolver a sua actividade, dando acolhimento a duas dezenas de crianças. Crianças em situação difícil, quanto à família, e quanto à sociedade que as envolve.
Este estabelecimento de vocação estritamente humanitária, sem qualquer interesse económico, têm o direito de ser ajudado, quer por entidades públicas, quer por entidades privadas, as quais deverão sentir essas dádivas como dever.
A câmara já corporizou esse dever, cedendo o terreno para a edificação desse estabelecimento. E por isso é justo que seja citada como a primeira grande benemérita da instituição " A Causa da Criança".
Sabe-se que as dificuldades são muitas para levar este projecto social por diante, e, por isso, tal só será possível se a sociedade quiser, e se os poderes públicos instituídos quiserem, apoiando a instituição a vencer essas dificuldades.
Espera-se que o Governo acarinhe e apoie este projecto social em andamento, já que caber-lhe-ia a ele, por doutrina, o tratamento dos problemas destas crianças em risco e desamparadas.

Tuesday, August 28, 2007

O PORTUGAL BELO DESCONHECIDO

A Cidade (Porto)

O Campo (Valença)


O Mar (Albufeira)



A Floresta (Vieira do Minho)




A Montanha (Gerez)


São fotos de cinco locais diferenciados e morfologicamente muito diferentes mas de uma beleza inigualável.

Estou-me a referir à beleza física local e não propriamente á da fotografia.

Portugal não fica nada a dever a outros países igualmente belos, não obstante, muitos de nós preferimos trocar a contemplação da nossa beleza pela desses países.

Os turistas estrangeiros vêem cá, muitos deles, fartos de revisitar outros países, e são eles que nos dizem que temos um País muito bonito.

Nós não sabíamos!

Thursday, July 19, 2007

QUE NOS RESERVA O FUTURO?

Estamos num tempo de incerteza sobre aquilo que nos reserva o futuro. O futuro de valores, de qualidade de vida, de existência.
Hoje não se acredita, vive-se avidamente o consumismo. Hoje, não se pugna pelo equilíbrio da vida, mergulha-se incessantemente na mediocridade da vida. Hoje não se preocupa pela perenidade da vida, vive-se um dia após dia.
Tudo está em crise: os objectores e os fomentadores.
Perdeu-se o tempo de reacção. Tudo pode acontecer, desde o melhor até o pior, o povo não reage nem a uma coisa nem a outra, tanto recebe uma coisa como outra com resignação e com mesmo sentido de fruicção.
Os agitadores e oportunistas, aproveitam-se, e fazem tudo que lhes apetece, em nome dos seus apetites selváticos e das suas ambições.
Hoje não há respeito, as classes profissionais estão umas contra as outras, os políticos acantonados a maioria das vezes nos seus interesses pessoais cada vez ouvem menos o povo, prefere-se o efémero ao profundo.
A Europa também não ajuda, porque também ela ainda não se encontrou.
As dúvidas que ainda persistem são muitas, e já se diz que a sua desagregação está a caminho.Com isto tudo onde vamos parar?
Há quem diga que estamos a viver um ciclo, e que após este ciclo virá outro ciclo.
Eu concordo com os que assim pensam, e só espero que o próximo ciclo seja de respeito, de observância pelos valores humanos, de fé e de crença.

Wednesday, July 4, 2007

Thursday, June 21, 2007

Thursday, May 31, 2007

O CIGARRO GIGANTE





O CIGARRO GIGANTE


Um activista de uma organização não governamental segura uma réplica de um cigarro durante uma manifestação em Hdyerabad no Paquistão. Este ano, a Organização Mundial de Saúde dedicou o Dia do Tabaco ao tema "ambientes sem fumo".

Wednesday, May 23, 2007

CGD-MEDITA E DIVULGA

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores-principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em "oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços", incluindo no que respeita "a despesa de manutenção nas contas á ordem".
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusão, dado que após novo parágrafo sobre "racionalização e eficiência da gestão de contas", o "estimado/a cliente" é confrontado coma informação de que, para "continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção", terá de ter em cada trimestre um"saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras" associadas à respectiva conta. Ora sucede que nuitas contas da CGD, designadamente, de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio dário de EUR7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para recebera reforma.
Como se compreende casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar "despesas de manutenção" de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a miséria. O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com "obscenas" pensões (para citar Bagão Félix),a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa de democracia, em que até a esmola paga taxa.

Monday, May 14, 2007

MADELEINE

Mais um caso horrível e monstruoso abala Portugal perpetrado por alguém que não merecia ter vindo ao mundo.

Não há definição para qualificar este acto que vitimou uma criança que ainda há cinco anos não era nascida, inofensiva e desprotegida.

Eu sou, por princípio, contra apena de morte, mas para este caso, envolto de uma frieza aterradora, de um sadismo inqualificável, de uma desumanidade total, bem abriria uma excepção, e condenaria a besta a pena de morte, sem qualquer remissão.

Pobre Madeleine, pobres pais, que nunca pensaram encontrar em Portugal, talvez, o pior mal das suas vidas. É bom ter esperança que Madeleine está viva, e que ainda viverá com a dignidade, a que um ser humano tem direito logo que desponta para a vida.

Tenhamos fé, dirigemo-nos aos nossos deuses, e peçamos por Madeleine.

Saturday, April 28, 2007

CANCRO CONTRAÍDO NO LOCAL DO TRABALHO

Maia de 200 mil pessoas morrem por ano no Mundo devido a cancros contraídos no trabalho por inalação de fibras de amianto ou fumo de tabaco, revelou ontem a Organização Mundial de Saúde. Uma em cada dez mortes por cancro surge ligada a estes riscos que podiam ser evitados, estima a OMS, na véspera do Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho

PORTUGUESES EXPLORADOS EM ESPANHA

Mais de dois mil trabalhadores estão actualmente a ser alvo de exploração laboral na zona espanhola de La Rioja, anunciou, ontem, o procurador-chefe do Tribunal Superior de Justiça de La Rioja (TSJR). Fonte da Secretaria de Estado das Comunidades afirma que esta denúncia resulta do "combate firme" à exploração de trabalhadores levados a cabo pelos dois países.
Juan Calparsoro apresentou os dados numa conferência de Imprensa destinada a divulgar os dados do ano passado da Procadoria-de La Rioja, explicando que continua em curso uma investigação detalhada para clarificar dados sobre o tráfico ilegal de imigrantes de pessoas com fins laborais.
O responsável acrescentou que foram já detectadas várias situações de captação de portugueses muito pobres, com problemas de droga e até deficiências físicas e mentais que estão a trabalhar em condições praticamente de escravatura. A maioria dos portugueses são oriundos de zonas pobres da região do Porto. No caso mais recente, em Março, uma operação da Gurda Civil em várias localidades da região de Rioja conseguiu "libertar de um regime de escravatura encoberta" 91 trabalhadores,a maioria portugueses, detendo 17 exploradores dos operários, 13 destes portugueses.

Tuesday, April 24, 2007

O 25 DE ABRIL

Faz amanhã 31 anos que se deu o 25 de Abril, a chamada Revolução dos Cravos.
É uma data, em que o povo português tem fortes razões para comemorar efusivamente, pois, estabelece um marco, entre um passado ultra-conservador, retrógrado, e tirânico, e um futuro, democrático, progressista, e livre.
Portugal, antes do 25 de Abril, vivia isolado do mundo, como dizia Oliveira Salazar, "orgulhosamente só", sendo que à medida que o tempo decorria, o mundo evoluia, na técnica, na ciência e na política, em todas as áreas do conhecimento, enquanto que, nós por cá, acorrentados à vontade de um homem, que detinha o poder absoluto, distanciávamo-nos cada vez mais da corrente avassaladora de progresso que enchia todos os países do mundo livre.
Pode-se dizer que o tempo, antes do 25 de Abril, foi um tempo perdido, perdemos em tudo, ou em quase tudo: na cultura, no comércio, na indústria, e até em vidas humanas.
Portugal ainda hoje, sofre os resultados da paralisia que foi motivada pela política desse homem.
No entanto, Portugal teve a sorte de beneficiar de um acontecimento político que se havia dado na Europa, que o arrastou para o convívio de outros países europeus, e que associado a eles conseguiu de certa forma saír do marasmo asfixiante em que se encontrava. Refiro-me, claro está, à União Europeia.
Não fôra a União Europeia, e Portugal, hoje, ainda estava ao nível de uma Roménia ou de uma Bulgária.
Fala-se, por vezes, que o 25 de Abril é responsável de coisa menos boas, que, entretanto, também vão acontecendo. Discordo. Os oportunistas, os demagogos, as pessoas sem escrúpulos, aconteceriam, mesmo se estivéssemos no sistema político mais perfeito do mundo.
O Parlamento, os Governos actuais, é que têm de encontrar forma de eliminar esta escória que tenta desacreditar a Democracia e o Estado Português.
É certo, que nem tudo está bem, ou melhor, que poderíamos estar melhor, mas isto faz parte do jogo da democracia, ao povo compete escolher os melhores para governar Portugal.
Os Portugueses têm razões de sobra para estarem com o 25 de Abril.
Viva o 25 de Abril.
Viva Portugal.

Thursday, April 19, 2007

VACINA CONTRA O CANCRO DO ÚTERO INVIABILIZADA NO PARLAMENTO

Política aparte, não se compreende, o Parlamento ter rejeitado, ontem, a recomendação ao Governo para a inclusão da vacina contra o cancro do útero no Programa Nacional de Vacinação.

O argumento, encontrado foi "a falta de muita informação científica".

Sabe-se, no entanto, que a Organização Mundial de Saúde "refere e confere" a eficácia desta vacina relativamente aos tipos mais perigosos de HPV (vírus de papiloma humano).

O custo da vacina é de 481 euros e começou a ser vendida no início de 2007.

O cancro do colo do útero mata uma mulher a cada dois minutos - uma por dia em Portugal, onde há a mais alta incidência da Europa, registando 900 novos casos por ano e mais de 300 casos mortais.

Toda a gente percebe, mesmo a força política que votou contra, este grande drama humano das mulheres portuguesas, tenho a certeza, por isso não se compreende que, mais uma vez, ponha a à frente os critérios economicistas em prejuízo dos critérios que elegem a saúde.

Entretanto, as mulheres portuguesas vão morrendo.

Tuesday, April 17, 2007

MISSA À MEMÓRIA DO DR. JOSÉ VIEIRA DE CARVALHO


Fazia amanhã, se fosse vivo, 69 anos de idade o Dr. José Vieira de Carvalho.
A Câmara Municipal da Maia e a Santa Casa da Misericórdia, em associação coma sua Família, participam que, amanhã, em sufrágio da sua alma, vai ser celebrada uma missa, pelas 19,00 horas, na Igreja Conventual do Divino Salvador de Moreira.
Aqui fica este registo, com o qual também, se associa o CIVICO, numa clara manisfestação de, também, homenagear o Dr. José Vieira de Carvalho, cidadão que foi um dos mais ilustres da Maia.

Monday, April 16, 2007

A REGIONALIZAÇÃO EM PORTUGAL

Está comprovado, que a Regionalização é o melhor processo, de todos que existem, da descentralização da administração central.
São muito poucos os estados europeus que ainda não estão regionalizados, o que por si só, significa que houve uma opção generalizada desses estados, na ponderação que fizeram quanto às vantagens e inconvenientes da Regionalização, propriamente dita.
Por outro lado, o tempo da instituição da regionalização nesses estados, quer dizer também, que os respectivos cidadãos se associaram ao processo, e que não estão nada inclinados a ´preteri-lo por qualquer outro.
A Regionalização em Portugal, há muito tempo que vem sendo um imperativo de cidadania, que só ainda não foi concretizado, por culpa, única, dos políticos.
Se não fosse assim, o povo português diria sim no Referendo que se realizou, e, hoje já estaria a beneficiar, pelo menos, de uma maior equidade dos dinheiros públicos do Estado, através da via das regiões.
Mas os políticos não quiseram que assim fosse, pois, apenas, obsessivamente, preocuparam-se, em arranjar o maior número possível de regiões, mesmo que fossem "tortas e aleijadas", com o único objectivo da probalidade do poder para eles ainda viesse a ser maior.
As regiões apareceram, assim, por mera matemática política, sem critério racional e interesse público nenhum.
Tais regiões, nem serviam o Litoral, nem o Interior, nem o Norte, nem o Centro, e ainda nem o Sul. Ficaríamos muito pior.
O povo português disse que não,e fez muito bem.
Portugal não é um País grande,e só por isto, não suporta mais regiões, que quatro ou cinco.
Em meu entendimento, eu julgo, que mesmo quatro regiões já seriam suficientes: 1 a Norte com sede no Porto, 1 ao Centro com sede em Coimbra, 1 a apanhar o Ribatejo, a Estremadura e parte do Alentejo, com sede em Lisboa, e 1 outra a apanhar a outra parte do Alentejo, e o Algarve, com sede em Faro.
Claro está, que todas estas regiões ficariam separadas por uma linha de referência horizontal, uma vez que o Litoral e o Interior, ficariam, entre si, interligados.
Só assim, deste modo, é que se poderia cumprir o Princípio Da Subsidiariedade entre o Litoral e o Interir, entre as regiões ricas e as regiões pobres.
Deixava de haver as acefalias das regiões mais ricas, proporcionando-se uma melhor distribuição do poder político,e uma melhor divisão de recursos do Estado, pelas regiões mais desfavorecidas.
Portugal também ficaria em melhor posição para responder aos desafios da Europa, nos aspectos mais exigentes da política e da economia.

Muito mais se poderia dizer sobre a Regionalização, tema complexo e apaixonante, mas, estou certo, que de muita coisa ficou por dizer, se dirá nos comentários que ao tema se vão seguir.

Sunday, April 15, 2007

ALGUMAS IDEIAS QUE ESTIVERAM NO LANÇAMENTO DO CIVICO

Quando pensei lançar o blog "O Cívico", pensei ao mesmo tempo, que tal espaço de comunicação devia ser, fundamentalmente, uma voz de cidadania em confronto com tudo o que se passa à sua volta, de bom ou de mau.
Não é fácil o cidadão fazer-se ouvir, quando reclama justiça numa linha de defesa dos seus direitos, perante os poderes instítuidos.
O cidadão, de uma maneira geral, é visto no seio das organizações, como um individuo chato, ignorante, que só estorva.
É visto, como um elemento fora dos sistema, que só complica e não deixa trabalhar.
Isto é o que pensam as organizações, mas a verdade é bem diferente do que pensam as organizações, porque por trás de um trabalhador está sempre um cidadão, que para além de outros direitos, tem os seus direitos de cidadania, comummente consagrados na Constituição.
São direitos muitas vezes improdutivos, à primeira vista, mas são direitos, que as organizações têm que saber acautelar no desenvolvimento da sua actividade.
Muitas vezes os direitos dos cidadãos são atropelados porque falha o sentido de justiça que deve ser universal.
É um principio errado fazer justiça a alguém, colidindo com a justiça de outrém.
Espero, assim, que este blog, seja um espaço pleno de cidadania, de troca de experiências, e de contribuidor dos direitos de cada indíviduo, em todas as circunstâncias da sua vida.

Wednesday, March 14, 2007

O CUSTO DA OTA

Segundo a edição do Jornal de Notícias de hoje, no Roteiro para a Ciência, o Presidente da Reública sublinhou que " a União Europeia, para finacianciar quaisquer projectos de certa dimensão, exige uma avaliação de custo-benefício, em que sejam considerados os benefícios monetários e económicos, e também os intangíveis".
Sem dúvida seria importante saber se há ou não absoluta necessidade para se avançar com o projecto, face às disponibilidades do Aeroporto da Portela num horizonte tecnicamente aconselhável.
Este estudo deve ser rigoroso e sério, dado o País, devido a sua difícil situação económica, não comportar soluções exageradas de devaneio económico e de política fácil.
Se a avaliação dos custos-benefícios não forem tratados com o máximo rigor e seriedade, o País pode muito bem deitar por terra todo o esforço que tem andado a fazer para vencer a crise económica, e comprometer o seu desenvolvimento ainda durante muitos anos.